É difícil acreditar que 2007 marca o vigésimo aniversário de Appetite for Destruction, e ainda mais difícil acreditar que Slash tinha apenas 19 anos quando ele e a banda começaram a escrever o álbum. Que foi gravado nos destroços de uma espécie de milagre do rock n’ roll.
Formado em 1985, o Guns n’ Roses - vocalista W, Axl Rose, os guitarristas Slash e Izzy Stradlin, o baixista Duff "Rose" McKagan, e o baterista Steven Adler, como foram listados no encarte - viviam de acordo com o título de seu álbum de estréia de maneira não vista desde o auge de drogadição do Aerosmith e da auto-destruição isca para tablóides dos Sex Pistols.
Os excessos do ínicio da banda - a drogadição, a vida nas ruas, as prisões - foram amplamente e sensacionalisticamente denunciadas. Então vieram os arrepiantes pós-efeitos: o pâncreas destruído de McKagan, os tumultos em estádios, mortes de fãs, bem como a conturbada dissolução e megalomania crônica que hoje deixa Axl Rose como o único membro original remanescente de um grupo que carrega o nome Guns N’ Roses.
Mas mais crucial, estes primeiros dias estão documentados nas 12 canções que compõem Appetite. "Vivíamos numa atmosfera intensa de festa e éramos os Anticristos da vizinhança, por isso havia muita tensão social que era definitivamente engraçada," diz Slash numa voz tranqüila que se contrapõe a seu agressivo porém lírico estilo de guitarra. "Aqueles foram realmente grandes momentos, e se refletiram definitivamente na música. É uma das razões pela qual este álbum em particular significa muito pra mim. Nós fizemos a coisa toda do nosso jeito."
Se o estilo de vida da banda (estilo de morte?) oscilou na borda da notoriedade, foi a dedicação à música que forneceu ordem em suas vidas e impulso para a gravação. Slash assumiu uma postura de operário no trabalho, embora abastecido por Jack Daniels e
supervisionado por um talentoso e compreensivo produtor, Mike Clink.
Eu ia para o estúdio todo dia as 12 horas, e acabava as 9 ou 10 da noite. Mas depois disso, não tinha a mínima idéia de onde estava indo ou como ia me virar ou onde ia dormir. Então todo dia de manhã, Clink estava tipo, ’Será que Slash vai conseguir chegar hoje?’ Era apenas o estilo de vida que eu vivia. Um caos constante. Mas eu aparecia ao meio-dia todo dia que nem um relógio, abria uma garrafa de Jack Daniels, derramava um pouco no café, e foi assim que gravamos as guitarras.
OBS: Slash relembra a criação de Appetite for Destruction, No vigésimo aniversário do álbum, o antigo guitarrista do Guns N’ Roses - e atual Velvet Revolver conta e relembra de como foi criada uma das maiores obras primas Do Rock
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