A embaixada afirma que o governo americano mantém a proposta de venda das aeronaves e que aceita transferir tecnologia ao Brasil.
Os Estados Unidos se manifestaram, nesta quarta-feira, sobre o anúncio do governo brasileiro de que tinha aberto negociações com a França para a compra de caças militares. Uma nota da embaixada afirma que o governo americano mantém a proposta de venda de caças e que aceita transferir tecnologia ao Brasil.
A questão tecnológica tinha sido apontada pelo Brasil como uma das vantagens do negócio com os franceses. Os americanos disputam o negócio com eles e com um modelo sueco.
O assunto também foi tratado pelo governo brasileiro, que tentou esclarecer a questão depois de muita polêmica.
Na última segunda-feira, o presidente Lula anunciou a decisão do governo de negociar com os franceses, mas o ministro da Defesa, Nelson Jobim, foi obrigado a esclarecer que os outros concorrentes ainda podem melhorar suas ofertas.
O assessor da presidência para assuntos internacionais disse que não há restrição a nenhuma das aeronaves concorrentes: “se houver outras propostas que sejam tão atraentes ou mais atraentes que a proposta do governo francês, obviamente que nós vamos discutir”, disse Marco Aurélio Garcia.
A compra dos caças precisa ser aprovada pelo Senado. Para a oposição, o governo antecipou o resultado de uma concorrência internacional.
“A antecipação do resultado é uma trapalhada, uma imprudência, compromete todo o processo e coloca em dúvida, inclusive, a lisura dos procedimentos”, declarou o senador Álvaro Dias.
Nesta quarta-feira, o presidente Lula ironizou a confusão sobre a concorrência pela venda dos jatos: “daqui a pouco vou receber de graça”, disse.
Para o ministério da Defesa, foi tomada a decisão política de fechar negócio com os franceses. Mas isso pode mudar, porque o processo jurídico de seleção com as outras empresas continua, provavelmente até o fim do ano.
Comentário: O principal problema nas negociações com os franceses é o preço dos caças. Mas no último domingo, o presidente da França entregou uma carta ao presidente Lula em que se comprometeu a trabalhar para baixar o preço dos aviões junto ao fabricante francês.
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