Mais de nove milhões de eleitores vão às urnas, neste domingo, para eleger o novo presidente do Equador. Um candidato da esquerda lidera as pesquisas de intenção de voto. A reportagem é do correspondente em Buenos Aires, Alberto Gaspar.
O Equador teve sete presidentes nos últimos nove anos. O último eleito, Lúcio Gutierrez, derrubado em 2005, chegou a se refugiar no Brasil.
A instabilidade política passa por denúncias de corrupção, por promessas não cumpridas de combate à desigualdade social. Há dois terços da população indígena. E o mesmo percentual de pobres - dois de cada três habitantes.
O líder das pesquisas é o esquerdista Rafael Correa, ex-ministro da Economia do atual governo, 43 anos, carismático. Ele defende uma revisão da dívida externa do país. É um declarado amigo do presidente venezuelano Hugo Chavez.
Corrêa tem até 37% das intenções de voto. Com 40% e vantagem de dez pontos sobre o segundo colocado, seria eleito já neste domingo, sem segundo turno.
Álvaro Noboa, candidato em 1998 e 2002, é um conservador e populista. Milionário exportador de bananas, financia mutirões de saúde com direito à doação de cadeira de rodas.
León Roldós, de 64 anos, já foi vice-presidente. É um social-democrata moderado. Liderava as pesquisas há dois meses e agora aparece em terceiro lugar.
Temas como o tratado de livre comércio com os EUA ou convocação de assembléia constituinte dividem os candidatos.
Comentário: Que ninguém teve coragem de propor nos palanques foi o fim da dolarização. Há seis anos, no Equador, a moeda nacional foi abolida e substituída pelo dólar americano o que, segundo analistas, é uma bomba-relógio para a economia do país.
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