Introdução

Esse é um site criado pelo professor Leandro Villela de Azevedo, para seus alunos da escola Villare, o objetivo é realizar um cliping de notícias, segundo temas de interesse, com comentários, realizados pelos alunos do 1o médio, no ano de 2010

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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Refugiados da Líbia chegam a quase 100 mil, diz Acnur






Brasileiro que saiu da Líbia segura bandeira ao desembarcar na Grécia


Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur, em inglês) estimou neste domingo em quase 100 mil o número de pessoas que fugiram da Líbia nos últimos dias para escapar da repressão do regime político de Muammar Kadafi contra a mobilização popular.



O Acnur estabeleceu equipes de emergência nas fronteiras da Líbia com Tunísia e Egito para ajudar as autoridades locais e ONGs presentes no local a lidarem com a catástrofe humanitária.



O governo da Tunísia informou ao Acnur que, desde o último dia 20, 40 mil pessoas atravessaram sua fronteira provenientes da Líbia. Deles, 18 mil eram tunisianos, 15 mil egípcios, 2,5 mil líbios e 2 mil chineses.



Já as autoridades egípcias informaram ao órgão que cerca de 55 mil pessoas haviam cruzado sua fronteira desde o dia 19. Desses, 46 mil eram egípcios, 2,1 mil líbios e 6,9 mil de nacionalidades diversas, especialmente asiáticos.



"Estamos comprometidos a ajudar qualquer pessoa que fuja da Líbia. Fazemos um apelo à comunidade internacional para que responda rápido e com generosidade para ajudar esses Governos a enfrentarem a emergência humanitária", afirmou o alto comissário do Acnur, António Guterres, citado em comunicado.



O Acnur também está auxiliando pessoas sem passaportes válidos em terras sem controle entre Líbia e Egito.



Mundo árabe em convulsão

A onda de protestos que desbancou em poucas semanas os longevos governos da Tunísia e do Egito segue se irradiando por diversos Estados do mundo árabe. Depois da queda do tunisiano Ben Ali e do egípcio Hosni Mubarak, os protestos mantêm-se quase que diariamente e começam a delinear um momento histórico para a região. Há elementos comuns em todos os conflitos: em maior ou menor medida, a insatisfação com a situação político-econômica e o clamor por liberdade e democracia; no entanto, a onda contestatória vai, aos poucos, ganhando contornos próprios em cada país e ressaltando suas diferenças políticas, culturais e sociais.



No norte da África, a Argélia vive - desde o começo do ano - protestos contra o presidente Abdelaziz Bouteflika, que ocupa o cargo desde que venceu as eleições, pela primeira vez, em 1999; mais recentemente, a população do Marrocos também aderiu aos protestos, questionando o reinado de Mohammed VI. A onda também chegou à península arábica: na Jordânia, foi rápida a erupção de protestos contra o rei Abdullah, no posto desde 1999; já ao sul da península, massas têm saído às ruas para pedir mudanças no Iêmen, presidido por Ali Abdullah Saleh desde 1978, bem como em Omã, no qual o sultão Al Said reina desde 1970.



Além destes, os protestos vêm sendo particularmente intensos em dois países. Na Líbia, país fortemente controlado pelo revolucionário líder Muammar Kadafi, a população vem entrando em sangrento confronto com as forças de segurança, já deixando um saldo de centenas de mortos. Em meio ao crescimento dos protestos na capital Trípoli e nas cidades de Benghazi e Tobruk, Kadafi foi à TV estatal no dia 22 de feveiro para xingar e ameaçar de morte os opositores que desafiam seu governo. Na península arábica, o pequeno reino do Bahrein - estratégico aliado dos Estados Unidos - vem sendo contestado pela população, que quer mudanças no governo do rei Hamad Bin Isa Al Khalifa, no poder desde 1999.



Além destes países árabes, um foco latente de tensão é a república islâmica do Irã. O país persa (não árabe, embora falante desta língua) é o protagonista contemporâneo da tensão entre Islã/Ocidente e também tem registrado protestos populares que contestam a presidência de Mahmoud Ahmadinejad, no cargo desde 2005. Enquanto isso, a Tunísia e o Egito vivem os lento e trabalhoso processo pós-revolucionário, no qual novos governos vão sendo formados para tentar dar resposta aos anseios da população

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