O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Gary Locke, disse que ainda há muitos passos a serem tomados para que se chegue a um acordo de livre comércio entre Brasil e os EUA, e não se comprometeu com o fim das barreiras comerciais contra produtos brasileiros. Em almoço promovido pela Câmara de Comércio Americana, Locke reafirmou as intenções americanas de investir mais no Brasil, em áreas como infra-estrutrura e energia, mas também fez críticas às dificuldades que as empresas dos Estados Unidos encontram para investir em terrritório brasileiro.
- Ainda há obstáculos aos investimentos dos Estados Unidos. Há o fardo dos impostos, o sistema legal - disse Locke.
Locke citou como um próximo passo nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos o possível fim da bitributação das empresas que têm negócios nos dois países.
- Antes de chegar lá (a um acordo de livre comércio), há muitos outros passos. O tratado de cooperação econômica assinado (neste fim de semana) é importante, é o primeiro passo. O próximo passo que os CEOs das empresas acreditam que deve ser tomado são os acordos para acabar com a bitributação - disse.
Questionado sobre se o governo americano pressionaria o Congresso pelo fim das barreiras contra produtos brasileiros, como o algodão e o etanol, o secretário de Comércio dos Estados Unidos disse que é preciso que o Congresso aprove algumas medidas.
- Atingimos alguns acordos sobre algodão. Estamos felizes com os progressos que fizemos. Mas sobre o ethanol, é uma decisão do Congresso Americano. Nós precisamos que o Congresso Americano aprove uma política energética. Se conseguirmos aprovar uma política energética, muitos desses assuntos serão resolvidos - disse.
Locke afirmou, no entanto, que apesar de algumas questões que dificultam o incremento do comércio entre Brasil e Estados Unidos não dependerem do governo americano, a gestão do presidente Barack Obama pode contribuir com cooperação nas áreas de educação e desenvolvimento tecnológico.
Comentário: Boa discussão daria com o tema: até que ponto esse novo acordo seria favorável ao Brasil ? Vale pensar em argumentos que envolvam não só uma maior variedade para o consumidor brasileiro, mas a questão que se há uma maior variedade o consumidor optará por produtos melhores e mais baratos, e não é oculto para ninguém que mesmo o Brasil tendo bom desenvolvimento de tecnologias de um tempo para cá, não se compara ao nível de produção de grandes produtos americanos. Desse modo, o cidadão poderia perfeitamente preferir o estrangeiro ao nacional, dando lucro apenas as empresas que não terão um crescimento em função do nosso país, levando grande parte do lucro da venda de mercadorias brasileiras, deixando as empresas nacionais com baixos e preocupados valores. Deve-se levar em conta também, que empresas do nosso país poderão se infiltrar sem grandes problemas no solo americano, porém será que naquele país a procura pelo estrangeiro vai ser tão requisitada quanto no nosso? Como é de senso-comum a resposta que mais se adequa é não, ja que não há motivo para se comprar um produto com qualidade equivalente ou inferior por um preço mais baixo.
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