Introdução

Esse é um site criado pelo professor Leandro Villela de Azevedo, para seus alunos da escola Villare, o objetivo é realizar um cliping de notícias, segundo temas de interesse, com comentários, realizados pelos alunos do 1o médio, no ano de 2010

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quinta-feira, 3 de março de 2011

Aviação de Kadhafi volta a bombardear áreas rebeldes




As forças leais a Kadhafi continuam a tentar reconquistar o território perdido para os rebeldes. Pelo segundo dia consecutivo a aviação líbia bombardeou a vila de Brega, a 800 quilômetros de Trípoli, onde se situa um importante terminal petrolífero. No terreno, as forças dos opositores do coronel parecem estar a levar a melhor e obrigaram as milícias do líder líbio a recuar.

Um dos filhos de Kadhafi, Saif al-Islam, garantiu aos jornalistas que o bombardeamento de Brega apenas teve como objetivo “assustar” os rebeldes que guardavam as instalações, para que as forças leais ao Governo pudessem recapturar o terminal petrolífero.
Testemunhas afirmam que aviões de Kadhafi lançaram também ataques contra a cidade próxima de Ajabadyia.

Já em terra, as forças governamentais que ainda ontem tentavam conquistar Brega foram obrigadas a recuar até Ras Lanuf, a 600 quilómetros de Tripoli onde existe outro importante terminal petrolífero.

Rebeldes fizeram prisioneiros

Os rebeldes dizem ter feito cerca de uma centena de prisioneiros, entre eles o que dizem ser oito mercenários chadianos que lutavam pelo coronel. Os jornalistas puderam ver alguns destes homens jovens, a serem rudemente interpelados pelos seus captores.

Nos combates de ontem terão morrido entre 12 a 14 pessoas, algumas das quais que foram hoje a sepultar em Benghazi por entre manifestações de raiva contra o regime.

Os rebeldes dizem opor-se a qualquer intervenção de tropas estrangeiras mas alguns deles apoiam o estabelecimento de uma eventual zona de interdição aérea, que impedisse Kadhafi de usar os seus aviões.

"Tragam Bush de Volta"

“Tragam Bush de volta! Façam uma zona de interdição aérea, bombardeiem os aviões” gritava Nasr Ali, um dos soldados líbios transformados em rebeldes, lembrando a zona de interdição aérea criada em 1991 sobre o Iraque pelo então presidente George Bush.

A Grã-Bretanha e os EUA estão a estudar a possibilidade e a França, que até agora se opunha à ideia, disse hoje que poderá vir a aceitá-la se se a força aérea líbia continuar a matar civis.

No entanto o Secretário da Defesa norte-americano, Robert Gates, avisou que tal ideia seria extremamente complexa de por em prática, e necessitaria de mais meios aéreos do que os que estão atualmente na região, para além de obrigar necessariamente a que fosse feito um bombardeamento inicial à Líbia, para eliminar as defesas antiaéreas. Um ato ofensivo de guerra que não parece entusiasmar muito a administração americana.

Para além dessas dificuldades, uma eventual zona de interdição aérea teria de ter um mandato do Conselho de Segurança da ONU e a Rússia, que dispõe de poder de veto, diz opor-se à ideia.

Comentário:
Pode-se perceber que uma guerra civil tem muito mais impacto no país do que uma guerra entre dois ou mais países. Isso pode ocorrer porque o presidente está dando autorização para que os seus civis, seu povo, seja bombardeado - e cabe aqui ressaltar que esses massacres levaram Kadhafi a estar sendo investigado por crimes contra a humanidade. A crise na Líbia atraiu a atenção de todo o mundo, e agora a ONU autorizou a interferência dos outros países, atitude que não é apoiada pelos rebeldes líbios. E isso é um fato curioso - por que eles não estão dispostos a aceitar ajuda? Será porque essa é a estratégia deles? Ou porque há desconfiança com relação aos Estados Unidos, país que se prontificou a enviar tropas imediatamente? Afinal de contas, de que lado os Estados Unidos realmente estão?
E apesar dos rebeldes não quererem interferência estrangeira, pedem para que Bush volte com suas aviações que bombardearam o Iraque em 1991 - porque alguns rebeldes apoiam uma zona de interdição aérea, e nada mais que isso - para que o bombardeamento ordenado por Kadhafi seja interrompido. Isso também ressalta o que foi citado no início - a gravidade de uma guerra civil. 
Até que ponto Kadhafi continuará pelo poder? Até quando terá posses - posses que já estão sendo apreendidas? Até que ponto continuará massacrando seu povo?

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