O governo cubano de Raúl Castro anunciou que estuda uma política para autorizar os cubanos a viajar ao exterior para fazer turismo, pela primeira vez em meio século, segundo o plano de reformas divulgado nesta segunda-feira (9).

Um dos pontos do programa de 313 medidas aprovadas no 6º Congresso do Partido Comunista de Cuba (PCC), em meados de abril, prevê "estudar uma política que facilite aos cubanos residentes no país viajar ao exterior como turistas".

O dispositivo, que não revela detalhes ou datas sobre a entrada em vigor, estabelece a decisão de permitir as viagens, mas ainda é preciso definir o mecanismo legal para a sua aplicação.

Flexibilidade para viajar é uma grande reivindicação

O fim das restrições às viagens é uma das principais demandas dos cubanos. Em 52 anos de revolução, o governo cubano permitiu apenas aos trabalhadores mais destacados fazer viagens de turismo a países do extinto bloco soviético.

Com a medida, os cubanos devem solicitar uma permissão de saída que custa R$ 242 (US$ 150). Esta fixa uma estadia no exterior de 30 dias, além de incluir uma série de trâmites que têm custo total de R$ 647 (US$ 400). Os trabalhadores em Cuba recebem, em média, R$ 34 a R$ 45 mensais.

Fonte:http://noticias.r7.com/internacional/noticias/cuba-anuncia-plano-para-autorizar-viagens-de-turismo-20110509.html

Comentário: As outras medidas de impacto social, que também precisam de um marco legal, incluem a permissão de compra e venda de casas e carros, a concessão de créditos à população e aos trabalhadores do incipiente setor privado para adquirir bens e montar negócios.

O governo de Cuba está parcialmente certo, pois apesar de agora eles poderem sair do país como turistas, não têm total liberdade, portanto não podem morar fixamente em outro país. Esse é um dos motivos pelo qual vários cubanos optam por desertar do país, procurando por mais liberdade.

Além disso, a reforma também vai permitir que os cubanos comprem e vendam casas e carros, o que também não podiam fazer, posteriormente.

Isso vai facilitar em parte a vida dos cubanos, mas não totalmente, visto que a liberdade deles ainda é bem limitada.