Bettie Page ficaria orgulhosa. Meio século depois de a rainha das pin-ups se casar e sair de cena, a estética que ela ajudou a consolidar está com tudo novamente. Fãs fiéis se esmeram para reproduzir aquele estilo sexy inocente e cantoras como Katy Perry vão buscar referências nas musas dos anos 1950 para compor o look. E não se trata apenas de um resgate visual. Nessa releitura, as pin-ups estão deixando de ser vistas como garotas tolas que posavam de mulher-objeto para ganhar um local de destaque no processo de emancipação feminina. Uma das defensoras da tese do pin-up power é Maria Elena Buszek, professora- assistente de história da arte na Universidade de Kansas City e autora do livro Pin-up Grrrls: Feminism, Sexuality, Popular Culture (Duke University Press). Para a historiadora, essas garotas desinibidas quebraram tabus, subverteram modelos femininos e ajudaram as mulheres a lidar com sua sexualidade.
Embora a imagem das pin-ups seja normalmente associada a divas de Hollywood, como Rita Hayworth, Marilyn Monroe e Jane Mansfield, suas origens vêm lá de meados do século 19, nas apresentações de dança burlesca (retomadas nos dias atuais por Dita Von Teese, a grande pin-up do momento). Já a popularização do termo é mais recente: nos anos 1940, fotos e desenhos de mulheres em trajes sumários – para os padrões da época – faziam a alegria do público masculino.
Essas imagens eram penduradas (em inglês, pin up, daí o nome) na porta de armários e viajaram na bagagem de muitos combatentes na Segunda Guerra Mundial. São dessa época as ilustrações de lindas e patrióticas beldades feitas pelo artista peruano Alberto Vargas para a revista Esquire, que foram parar na fuselagem de aviões. Agora, os desenhos de pin-ups estão de volta até na moda. Elas dão, por exemplo, um ar cult às abotoaduras da Strellson, uma marca de roupas masculinas criada por Jochen e Uwe Holly, da Hugo Boss. A coleção de verão da Strellson é estampada com criações do artista californiano Mel Ramos, expoente da pop art, conhecido por suas sensuais mulheres desnudas.
Reportagem retirada do site da revista Elle.
Comentário - A reportagem fala sobre as Pin-ups, símbolo sexual dos anos 40, onde mulheres eram ilustradas de forma sexy inocente, provando que a mulher, não era um simples objeto e sim alguém com grande importancia e credibilidade. Esse movimento foi importantissímo, pois foi capaz de quebrar tabus e transformar as ideias conservadoras daquela época, abrindo assim espaço para as mulheres provarem do que eram capazes. Essa ideia influencia diretamente até hoje, o modo de vida das mulheres, que vem ganhando cada vez mais destaque. As Pin-ups além de influenciarem e transformarem a vida das mulheres, também exercem grande importancia na moda, com ícones atuais, como a cantora Katy Perry e a artista Dita Von Teese.
Eloá
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