Em conferência em Teerã, aiatolá classificou os EUA de 'únicos criminosos nucleares' do planeta.
No seu discurso de abertura em uma conferência sobre desarmamento nuclear em Teerã neste sábado, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que o uso de armas atômicas "é proibido pelo Islã" e classificou os Estados Unidos de "únicos criminosos nucleares do mundo".
Já o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, em sua apresentação, fez um apelo para que os Estados Unidos e outros países donos de arsenais nucleares sejam suspensos da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da ONU.
Ahmadinejad pediu também a criação de um órgão internacional independente para supervisionar o processo de desarmamento nuclear.
Analistas interpretaram as declarações como uma resposta do Irã aos temores de que o país estaria desenvolvendo armamentos nucleares, embora os iranianos mantenham que as atividades de enriquecimento de urânio têm fins pacíficos.
O governo iraniano reagiu com irritação a um relatório recentemente publicado pelo governo dos Estados Unidos, interpretado pelo Irã como uma ameaça de ataque nuclear contra o país.
'Geração de energia'
Os cinco integrantes permanentes do Conselho de Segurança da ONU - Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido - e a Alemanha vêm discutindo a ampliação das sanções ao Irã por seu programa nuclear.
A China, no entanto, tradicionalmente é contrária a maiores restrições econômicas ao Irã.
O Irã diz que seu programa de enriquecimento de urânio visaria à geração de energia e uso na medicina e acusa a AIEA de ser influenciada pelos Estados Unidos.
Mas críticos dizem que a iniciativa do Irã de enriquecer urânio a 20% é o primeiro passo rumo ao desenvolvimento de armas nucleares.
No ano passado, o Irã revelou a existência de instalações nucleares secretas em montanhas próximas à cidade de Qom e declarou estar planejando a construção de outras 10 instalações de enriquecimento.
Na sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que é "impossível" para o Irã atender à exigência de potências internacionais de que prove que seu programa nuclear não tem fins militares.
Segundo o chanceler, é "difícil" para um país produzir uma prova negativa, o que para ele já foi um problema no passado.
Comentário:
Impressionante como esse assunto é polêmico no mundo todo. Fala-se de desarmamento nuclear desde o fim da guerra fria e até hoje, apenas alguns países o fizeram e o país que deveria realmente se desarmar, não o fez e ainda se acha no direito de impedir que outros países tenham alguma relação com esse tipo de tecnologia. O país mais "importante" do mundo demonstra rastros visíveis de medo para com os países que se envolvem com a tecnologia nuclear, eles fazem tudo para impedir que os outros países tenham esses instrumentos, argumentando que é um risco para a humanidade, mas o que eles tem de tão especial para possuírem esses armamentos?
Dizem que a glória de um deus acaba quando este é feito sangrar, estariam os EUA agindo desta maneira por temerem a perda do grande trono de "País mais poderoso do mundo" ?
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