CANNES, França, 4 de novembro (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que o Brasil e os demais países dos BRICs estão dispostos a contribuir para uma ajuda financeira à Europa se isso for feito por meio do Fundo Monetário Internacional, mas que não há decisão ainda sobre o volume de recursos que podem ser disponibilizados.
Ela acrescentou que os recursos das reservas internacionais brasileiras devem ser protegidos pois foram acumulados com o 'suor dos brasileiros', e descartou um repasse direto para o fundo de resgate europeu.
'Eu não tenho a menor intenção de fazer nenhuma contribuição direta para o Fundo de Estabilização Europeu,' disse a presidente durante entrevista coletiva após o encerramento da reunião do G20 em Cannes. 'O Brasil tem um mecanismo, que é o mecanismo que rege as relações internacionais, via Fundo Monetário.'
No comunicado do G20 divulgado durante o encontro, os membros afirmaram que 'assegurarão que o FMI siga tendo recursos para cumprir seu papel sistêmico, em benefício de todos os membros', mas jogaram para a próxima reunião de ministros, em dezembro, a responsabilidade por definir como se dará esse aumento do poder de fogo do banco.
Algumas das alternativas listadas foram contribuições bilaterais, voluntárias e emissões de direitos especiais de saque.
O G20 também não anunciou decisão sobre valores de aportes. Em entrevista coletiva após a cúpula, a diretora-gerente da instituição, Christine Lagarde, afirmou que o grupo não estabeleceu um teto para a ajuda, e que ela está segura de que terá os recursos necessários para cumprir suas funções.
Dilma voltou a defender uma reforma na governança do organismo multilateral de crédito que, na avaliação dela, deve refletir a mudança de correlação de forças no cenário global. Na entrevista, a presidente argumentou que uma ampliação do FMI contribuirá também para a redução do risco sistêmico na economia global.
A cúpula do G20 foi um 'relativo sucesso' na medida em que criou o ambiente adequado para que os países da zona do euro avançassem em busca de soluções para a crise, disse Dilma. 'Agora (eles) vão ter de dar mais detalhes dos seus planos,' afirmou.
Dilma se reuniu com chefes de Estado dos demais países dos Brics --Rússia, Índia, China e África do Sul-- na quinta-feira, quando trataram da crise europeia.
TAXA FINANCEIRA
O Brasil adotará uma taxa adicional sobre as transações financeiras realizadas no país caso haja um acordo para a adoção dessa tributação globalmente, afirmou Dilma.
A proposta para a criação de uma nova taxa financeira foi feita pela França durante o G20 como forma de levantar recursos para suprir a redução da oferta de assistência social no mundo verificada após a crise. A ideia encontra forte resistência de países como a Grã-Bretanha, onde a indústria financeira tem um peso grande na economia.
Dilma argumentou que o Brasil tem uma economia variada e já adota uma taxação sobre transações financeiras -o IOF.
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04/11/2011 15h06 - Atualizado em 04/11/2011 15h06
G20/BRASIL-Dilma defende solução de crise via FMI
Reuters
Por Isabel Versiani
CANNES, França, 4 de novembro (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que o Brasil e os demais países dos BRICs estão dispostos a contribuir para uma ajuda financeira à Europa se isso for feito por meio do Fundo Monetário Internacional, mas que não há decisão ainda sobre o volume de recursos que podem ser disponibilizados.
Ela acrescentou que os recursos das reservas internacionais brasileiras devem ser protegidos pois foram acumulados com o 'suor dos brasileiros', e descartou um repasse direto para o fundo de resgate europeu.
'Eu não tenho a menor intenção de fazer nenhuma contribuição direta para o Fundo de Estabilização Europeu,' disse a presidente durante entrevista coletiva após o encerramento da reunião do G20 em Cannes. 'O Brasil tem um mecanismo, que é o mecanismo que rege as relações internacionais, via Fundo Monetário.'
No comunicado do G20 divulgado durante o encontro, os membros afirmaram que 'assegurarão que o FMI siga tendo recursos para cumprir seu papel sistêmico, em benefício de todos os membros', mas jogaram para a próxima reunião de ministros, em dezembro, a responsabilidade por definir como se dará esse aumento do poder de fogo do banco.
Algumas das alternativas listadas foram contribuições bilaterais, voluntárias e emissões de direitos especiais de saque.
O G20 também não anunciou decisão sobre valores de aportes. Em entrevista coletiva após a cúpula, a diretora-gerente da instituição, Christine Lagarde, afirmou que o grupo não estabeleceu um teto para a ajuda, e que ela está segura de que terá os recursos necessários para cumprir suas funções.
Dilma voltou a defender uma reforma na governança do organismo multilateral de crédito que, na avaliação dela, deve refletir a mudança de correlação de forças no cenário global. Na entrevista, a presidente argumentou que uma ampliação do FMI contribuirá também para a redução do risco sistêmico na economia global.
A cúpula do G20 foi um 'relativo sucesso' na medida em que criou o ambiente adequado para que os países da zona do euro avançassem em busca de soluções para a crise, disse Dilma. 'Agora (eles) vão ter de dar mais detalhes dos seus planos,' afirmou.
Dilma se reuniu com chefes de Estado dos demais países dos Brics --Rússia, Índia, China e África do Sul-- na quinta-feira, quando trataram da crise europeia.
TAXA FINANCEIRA
O Brasil adotará uma taxa adicional sobre as transações financeiras realizadas no país caso haja um acordo para a adoção dessa tributação globalmente, afirmou Dilma.
A proposta para a criação de uma nova taxa financeira foi feita pela França durante o G20 como forma de levantar recursos para suprir a redução da oferta de assistência social no mundo verificada após a crise. A ideia encontra forte resistência de países como a Grã-Bretanha, onde a indústria financeira tem um peso grande na economia.
Dilma argumentou que o Brasil tem uma economia variada e já adota uma taxação sobre transações financeiras -o IOF.
comentarios:'Nós não somos contra se todos os países adotarem uma taxa', disse a presidente. 'Se tiver uma taxa financeira global, o Brasil adota também. Nós não somos contra.'
Ela acrescentou que os recursos das reservas internacionais brasileiras devem ser protegidos pois foram acumulados com o 'suor dos brasileiros', e descartou um repasse direto para o fundo de resgate europeu.
'Eu não tenho a menor intenção de fazer nenhuma contribuição direta para o Fundo de Estabilização Europeu,' disse a presidente durante entrevista coletiva após o encerramento da reunião do G20 em Cannes. 'O Brasil tem um mecanismo, que é o mecanismo que rege as relações internacionais, via Fundo Monetário.'
No comunicado do G20 divulgado durante o encontro, os membros afirmaram que 'assegurarão que o FMI siga tendo recursos para cumprir seu papel sistêmico, em benefício de todos os membros', mas jogaram para a próxima reunião de ministros, em dezembro, a responsabilidade por definir como se dará esse aumento do poder de fogo do banco.
Algumas das alternativas listadas foram contribuições bilaterais, voluntárias e emissões de direitos especiais de saque.
O G20 também não anunciou decisão sobre valores de aportes. Em entrevista coletiva após a cúpula, a diretora-gerente da instituição, Christine Lagarde, afirmou que o grupo não estabeleceu um teto para a ajuda, e que ela está segura de que terá os recursos necessários para cumprir suas funções.
Dilma voltou a defender uma reforma na governança do organismo multilateral de crédito que, na avaliação dela, deve refletir a mudança de correlação de forças no cenário global. Na entrevista, a presidente argumentou que uma ampliação do FMI contribuirá também para a redução do risco sistêmico na economia global.
A cúpula do G20 foi um 'relativo sucesso' na medida em que criou o ambiente adequado para que os países da zona do euro avançassem em busca de soluções para a crise, disse Dilma. 'Agora (eles) vão ter de dar mais detalhes dos seus planos,' afirmou.
Dilma se reuniu com chefes de Estado dos demais países dos Brics --Rússia, Índia, China e África do Sul-- na quinta-feira, quando trataram da crise europeia.
TAXA FINANCEIRA
O Brasil adotará uma taxa adicional sobre as transações financeiras realizadas no país caso haja um acordo para a adoção dessa tributação globalmente, afirmou Dilma.
A proposta para a criação de uma nova taxa financeira foi feita pela França durante o G20 como forma de levantar recursos para suprir a redução da oferta de assistência social no mundo verificada após a crise. A ideia encontra forte resistência de países como a Grã-Bretanha, onde a indústria financeira tem um peso grande na economia.
Dilma argumentou que o Brasil tem uma economia variada e já adota uma taxação sobre transações financeiras -o IOF.
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04/11/2011 15h06 - Atualizado em 04/11/2011 15h06
G20/BRASIL-Dilma defende solução de crise via FMI
Reuters
Por Isabel Versiani
CANNES, França, 4 de novembro (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que o Brasil e os demais países dos BRICs estão dispostos a contribuir para uma ajuda financeira à Europa se isso for feito por meio do Fundo Monetário Internacional, mas que não há decisão ainda sobre o volume de recursos que podem ser disponibilizados.
Ela acrescentou que os recursos das reservas internacionais brasileiras devem ser protegidos pois foram acumulados com o 'suor dos brasileiros', e descartou um repasse direto para o fundo de resgate europeu.
'Eu não tenho a menor intenção de fazer nenhuma contribuição direta para o Fundo de Estabilização Europeu,' disse a presidente durante entrevista coletiva após o encerramento da reunião do G20 em Cannes. 'O Brasil tem um mecanismo, que é o mecanismo que rege as relações internacionais, via Fundo Monetário.'
No comunicado do G20 divulgado durante o encontro, os membros afirmaram que 'assegurarão que o FMI siga tendo recursos para cumprir seu papel sistêmico, em benefício de todos os membros', mas jogaram para a próxima reunião de ministros, em dezembro, a responsabilidade por definir como se dará esse aumento do poder de fogo do banco.
Algumas das alternativas listadas foram contribuições bilaterais, voluntárias e emissões de direitos especiais de saque.
O G20 também não anunciou decisão sobre valores de aportes. Em entrevista coletiva após a cúpula, a diretora-gerente da instituição, Christine Lagarde, afirmou que o grupo não estabeleceu um teto para a ajuda, e que ela está segura de que terá os recursos necessários para cumprir suas funções.
Dilma voltou a defender uma reforma na governança do organismo multilateral de crédito que, na avaliação dela, deve refletir a mudança de correlação de forças no cenário global. Na entrevista, a presidente argumentou que uma ampliação do FMI contribuirá também para a redução do risco sistêmico na economia global.
A cúpula do G20 foi um 'relativo sucesso' na medida em que criou o ambiente adequado para que os países da zona do euro avançassem em busca de soluções para a crise, disse Dilma. 'Agora (eles) vão ter de dar mais detalhes dos seus planos,' afirmou.
Dilma se reuniu com chefes de Estado dos demais países dos Brics --Rússia, Índia, China e África do Sul-- na quinta-feira, quando trataram da crise europeia.
TAXA FINANCEIRA
O Brasil adotará uma taxa adicional sobre as transações financeiras realizadas no país caso haja um acordo para a adoção dessa tributação globalmente, afirmou Dilma.
A proposta para a criação de uma nova taxa financeira foi feita pela França durante o G20 como forma de levantar recursos para suprir a redução da oferta de assistência social no mundo verificada após a crise. A ideia encontra forte resistência de países como a Grã-Bretanha, onde a indústria financeira tem um peso grande na economia.
Dilma argumentou que o Brasil tem uma economia variada e já adota uma taxação sobre transações financeiras -o IOF.
comentarios:'Nós não somos contra se todos os países adotarem uma taxa', disse a presidente. 'Se tiver uma taxa financeira global, o Brasil adota também. Nós não somos contra.'
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