O presidente Lula foi hoje ao Uruguai para assinar acordos comerciais e tentar fortalecer o Mercosul - que tem sido alvo de críticas, no país vizinho. É o que mostra o enviado especial Ari Peixoto.
Cinco acordos fechados, incluindo um sobre biocombustíveis e dois para a construção e reforma de pontes na fronteira entre Brasil e Uruguai.
Mas o resultado político da visita do presidente brasileiro à casa de campo do presidente uruguaio, em Colônia, a 160 quilômetros de Montevidéu, pode ter tido um significado mais amplo.
Já há algum tempo, o Uruguai vem criticando os rumos do Mercosul. O presidente Vasquez chegou a anunciar a intenção de assinar um tratado de livre comércio com os Estados Unidos, o que vai contra as regras do bloco sul-americano.
Com a proximidade da visita do presidente George Bush ao Brasil e ao Uruguai, nos dias 8 e 9 de março, Lula quis fortalecer os laços com Tabaré Vásquez.
Em seu discurso, o presidente Lula disse que se não houver uma decisão política de garantir o processo de integração regional, não haverá Mercosul. Segundo ele, o Brasil, que tem a maior economia do bloco, tem que assumir essa responsabilidade.
Comentário :“Política internacional é sempre uma via de duas mãos e portanto o Brasil, sem fazer nenhum favor, precisa criar as condições para que o comércio seja o mais equilibrado possível e para que o desenvolvimento também seja o mais equilibrado possível”, afirmou o presidente Lula.
Sobre política brasileira, o presidente Lula disse hoje, no programa de rádio “Café com o presidente”, que não vai haver grande novidade - e nem muita mudança - na reforma ministerial. O presidente também disse que o anúncio do novo ministério não está vinculado à convenção do PMDB, em março. Mas que depende das definições dos partidos que apóiam o governo.
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